terça-feira, 21 de agosto de 2018

O mito do micro-gerenciamento no trabalho remoto




Quando se fala em trabalho remoto, uma preocupação clássica das empresas é “Se eu não conseguir ver as pessoas, como eu vou saber se elas estão trabalhando? E se elas passarem todo o tempo distraídas com outras coisas?”.

Esse é um tipo de questionamento que revela uma cultura de insegurança e controle. Mostra que, na verdade, o sucesso está sendo medido considerando as horas de presença física em um local e não o que foi produzido. Estamos assumindo que esse é o ponto que precisa ser monitorado para dizer que o trabalho está indo bem. E, assim, dificilmente se enxerga o que realmente importa.

A verdade é que presença física só nos garante que a pessoa está ali, mas não garante que ela está envolvida no que precisa ser entregue. Porque se as pessoas quiserem passar o dia inteiro em redes sociais ou enrolar de qualquer outra maneira elas também conseguem fazer isso do escritório. Ir para o escritório não é uma garantia de produtividade. O que deveria estar sendo medido é o valor que aquela pessoa entrega e não quantas horas ela passou sentada em frente ao computador.

Além disso, esse tipo de micro-gerenciamento não considera as individualidades de cada um. As pessoas são mais produtivas nas mais diferentes situações, locais e horários. Tem aquelas que produzem mais logo pela manhã, outras preferem destinar a manhã para meditação e exercícios e começar um pouco mais tarde, outras preferem ainda trabalhar só a noite, no silêncio e sem interrupções. Basta pensar por uma abordagem mais humana, que vemos que o controle precisa estar do outro lado.

É uma questão de autoconhecimento. Identificar quando, onde, e como funcionamos melhor tem um impacto direto na nossa produtividade e qualidade de vida. Acredito que as pessoas devem ter autonomia sobre a organização da sua rotina. É uma mudança simples que revela naturalmente o propósito de cada um com o seu trabalho.

Com objetivos bem definidos e compartilhados com o time, não há a necessidade de um papel gerencial. Quando definimos claramente as regras e os pontos de contato, todo gerenciamento pode ser mais focado no progresso. Assim, a relação é de confiança, e não de horário.

É essencial ter um propósito claro, que nos inspire a trabalhar com aquilo todos os dias. No nosso dia a dia no Startaê, isso acontece por meio de alguns hábitos que adotamos. Em primeiro lugar definimos objetivos anuais e trimestrais através da metodologia OKR. Assim, o time fica alinhado na mesma direção, sabendo quais resultados queremos alcançar em cada período.

Na prática do dia a dia, temos ciclos rápidos de feedback e acompanhamento do progresso. Dentro dos projetos, cada time define objetivos semanais e fazemos alinhamentos rápidos diários onde cada membro do time compartilha o seu progresso desde o dia anterior e quais são os seus próximos passos. O horário e o local de onde estão trabalhando realmente não interessa.

Você não precisa do micro-gerenciamento para ter certeza que o seu time está produzindo. Agora, se você não pode confiar nas pessoas que estão trabalhando com você sem fiscalizar de perto, talvez essa contratação ou a própria relação tenha que ser reavaliada. O fato é que a relação das pessoas com o trabalho está mudando, e nesse contexto a confiança é fundamental para garantir um ambiente leve e produtivo.



sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Método usado por Gates vai ajudar você a alcançar seus maiores objetivos




Definir e alcançar metas não é fácil para todo mundo – incluindo Bill Gates. Enquanto o fundador da Microsoft era programador, enfrentou dificuldades com o gerenciamento de projetos nos primeiros dias da empresa.
Mais tarde, uma estratégia o ajudaria a enfrentar vários desafios. O método OKR foi usado pela primeira vez pelo ex-CEO da Intel, Andy Grove, um homem que Gates considera “um dos grandes líderes empresariais do nosso tempo”.
A Intel foi uma das primeiras clientes da Microsoft e as ideias de Grove moldaram a abordagem de Gates no que tangia gerenciamento e estratégia. As idéias do CEO da Intel foram desenvolvidas pelo capitalista de risco do Vale do Silício, John Doerr, que recentemente popularizou a tática da OKR em um a palestra TedTalk.
O método é usado por empresas de tecnologia de ponta, como Google, LinkedIn e até mesmo a ONE, organização fundada por Bono Vox, vocalista do U2, que combate a fome.
Para entender: o que é o método OKR?
OKR (objectives and key results) significa “objetivos e resultado chave”. É um plano que auxilia as empresa a criar mais valor para o negócio focando nos resultados. “Eles são uma espécie de vacina contra o pensamento difuso”, disse Doerr.
Na prática, esse plano responde duas perguntas básicas: o que queremos atingir? (o objetivo) e como vamos saber se estamos chegando lá? (resultados chaves). Doerr explica que o ideal é ter de dois a cinco objetivos e resultados chaves. E o ciclo de metas do método deve ser medido trimestralmente.
Então, você deve listar cada objetivo e resultado-chave de forma clara e transparente. “Essas ideias devem ser compreensíveis e compartilháveis, pois o alinhamento em toda a equipe é essencial para qualquer tipo de mudança”, afirma Doerr.
E não tenha medo de pensar grande. “Mas se você está fazendo 100% dos seus OKRs, isso não é bom. Você provavelmente não é agressivo o suficiente. Um desempenho bom na Intel ou no Google é de 70%”.
Por exemplo, o objetivo da sua empresa é: dominar a América Latina. Então os resultados chaves devem ser: a) crescer 20% em número de clientes; e b) ter vendas internacionais de pelo menos R$ 2 milhões. Ou outros resultados chaves que você julgue necessário – desde que sejam realistas.
Gates foi apresentado ao OKR nos anos 2000. Ele observou que o método o ajudou a tomar decisões difíceis, como rejeitar alguns negócios mesmo quando havia aparentemente grandes oportunidades. “Houve dois casos em que recusei uma negociação no final porque os objetivos não eram claros o suficiente”, compartilhou Gates ao CNBC. “O sistema OKR me deixou confiante de que estava fazendo algo certo cero.”
Vale lembrar que o OKR funciona muito bem para empresas, mas também pode ajudar as pessoas a alcançarem seus objetivos pessoais. É só organizar da mesma maneira.


segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Sefaz institui obrigatoriedade de uso do MFE para novas empresas

No último dia 02 de Agosto de 2018 foi publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará a Instrução Normativa Nº 38, de 18 de julho de 2018 com a inserção de novos setores varejistas obrigados à utilização do MFE (Módulo Fiscal Eletrônico).

A obrigatoriedade contempla os contribuintes enquadrados em um dos seguintes grupos/subclasses da Classificação Nacional de Atividade Econômico-Fiscais (CNAEFiscal):

a) 451 Comércio de veículos automotores;
b) 4732-6/00 Comércio varejista de lubrificantes;
c) 474 Comércio varejista de material de construção;
d) 4751-2/01 Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática;
e) 4751-2/02 Recarga de cartuchos para equipamento de informática;
f) 4752-1/00 Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação;
g) 4754-7/03 Comércio varejista de artigos de iluminação;
h) 4756-3/00 Comércio varejista especializado de instrumentos musicais e acessórios;
i) 4757-1/00 Comércio varejista especializado de peças e acessórios para aparelhos eletroeletrônicos para uso doméstico, exceto informática e comunicação;
j) 4772-5/00 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
k) 4773-3/00 Comércio varejista de artigos médicos e ortopédicos;
l) 4774-1/00 Comércio varejista de artigos de óptica;
m) 4782-2/01 Comércio varejista de calçados;
n) 551 Hotéis e similares.

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Leia abaixo a instrução normativa:
Fonte: Diário Oficial do Estado do Ceará

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